Terça-feira, 6 de Fevereiro de 2007
Mas por amor não
Justamente porque o conheço é que o convido para amanhã - respondeu, rindo.
Conheço-o já perfeitamente mas atenção, só pode vir com uma condição (seja suficientemente bom para fazer o que lhe peço, bem vê que lhe falo francamente): não se apaixone por mim...
É impossível, asseguro-lhe. Se quiser vir por amizade, será bem-vindo. Aqui tem a minha mão... mas por amor não, suplico-lhe! Dostoievski (Noites Brancas)
De
Pedro a 6 de Fevereiro de 2007 às 16:53
É sempre de lamentar quando os gradnes autores são assim subvertidos. Se quiser, também eu posso provar (única e exclusivamente através de citações, que Schoppanhauer era um optimista desgraçado.
De Espanto a 7 de Fevereiro de 2007 às 09:00
Penso que colocar citações de uma obra ou de um autor de que se gosta não é subverter os mesmos. Como em toda a obra de arte quer seja ela poética ou pictórica, por exemplo ; ela é sempre uma obra aberta, incompleta. Isto é, o leitor ou espectador puderá sempre fazer uma interpretação pessoal ou vivencial dessa poesia, pintura, romance, etc. Claro que se sabe que Dostoievski teve uma vida complicada, que Schoppanhauer era um pessimista,
que Van Gogh não era o reflexo do que pintava nos seus quadros... Mas afinal, quem gosta de arte e da sua reflexão não importa quem está por detrás da obra, as suas vivências... mas a obra em si desligada do seu autor. Pois a obra após ser concluída é autónoma face ao autor. Por outro lado, para nos preocuparmos sobre as razões, os motivos, os traumas, os recalcamentos que levaram o autor ou artista a fazer a obra dessa forma, isso cabe à psicologia ou à psicanálise.
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